Cresce tom das críticas ao governo, e elas não vêm (só) da oposição

É possível que o prefeito Rodrigo Decimo saiba. Ou não. Mas o fato é que, ao lado dos salamaleques habituais que lhe são concedidos em público, não faltam críticas privadas. Ou pelo menos supostamente secretas.


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Pois bem, num dia desta semana, já no final, com o Palacete da Vale Machado quase vazio, pequeno grupo de graúdos da Câmara e da prefeitura papeavam em sala importante da Casa.


Um resumo, para não cansar o leitor, em três tópicos:

  • A base governista não anda nada satisfeita com o que seria a falta de um planejamento mais estratégico junto às chamadas pautas-bomba da prefeitura. Mais reação que ação. E aí, entre outros, quatro temas surgiram: reforma previdenciária; Corsan; licitação do transporte coletivo; e revisão geral da planta imobiliária (que não ocorre desde a década de 90) como forma de aumentar a arrecadação…
  • Houve críticas acerbas à Calourada (“coisa do Jorge, nada a ver com Decimo”); balonismo (“copiando Schirmer”) e, agora, Prefeitura nos Bairros (“não se poderia ter escolhido pior momento para começar”).
  • Batida forte no que seria a “demora” em responder às pautas mais caras da sociedade. Exemplos: prefeito só falou em Corsan depois que Tubias Callil já tinha dado o ritmo da banda e criado CPI; governo só chamou aprovados em concurso e falou em reforma previdenciária para professores depois que a oposição tinha pautado os temas.


Resumo da ópera: é possível que haja certo exagero nas críticas e até motivos não políticos tenham motivado algumas. Mas é bom prestar atenção. Afinal, se aproximam os 100 dias de governo e há o que se fazer. Ou não. E aguentar o tranco.


É muita saída...
Com mais de 20 frentes parlamentares, além das já previstas comissões (representativas e especiais), os vereadores abriram a safra das viagens, basicamente, rumo à capital gaúcha. Acontece que, como tem sido nos últimos anos, um velho problema se repete, na avaliação sobretudo de setores administrativos: a falta de uma frota de veículos no parlamento para atender às demandas internas e externas.


...para pouco carro
Resumo da ópera. Ou da queixa. Ou lamúria. Existe, no Legislativo da comuna, apenas um automóvel em condições para carregar os parlamentares para viagens, e, ainda, para atender aos pleitos administrativos inerentes ao funcionamento cotidiano do Palacete da Vale Machado. A locação ou, até mesmo, a aquisição de mais um veículo é considerada somente (mais) uma lenda urbana dentro da Câmara. Será?


Pelas emendas
Na segunda (31) a Câmara realiza amplo curso sobre orçamento público e as emendas impositivas. A capacitação, que ocorre no Plenário, é voltada aos gabinetes dos vereadores. Os trabalhos serão conduzidos por Elisangela Carvalho, que está à frente da Assessoria Técnica Legislativa. É uma forma de minimizar (as inevitáveis) dores de cabeça que o setor tem com os edis nesse quebra-cabeça técnico.


Pelas emendas II
As emendas impositivas representam 2% da Receita Corrente Líquida e devem ser direcionadas de 50% para ações em saúde e 50% de livre indicação, para instituições e/ou obras, por exemplo. Para 2025, a previsão é que o montante seja de R$ 16,7 milhões para esse dispositivo. Ou seja, cada um dos 21 vereadores terá mais de R$ 880 mil em valores. Daí a necessidade do treinamento.


Para fechar!
Frentes Parlamentares nunca tiveram servidor efetivo a secretariá-las. O que, claro, pode ser feito por um CC. É esclarecimento de fonte da coluna, que também informa serem os colegiados previstos em Resolução da Mesa de 2019. E portanto, sem previsão no Regimento. Ou seja, se a Mesa quiser, sem passar pelo plenário, pode editar nova resolução revogando a possibilidade de criação. Certeza claudemiriana: isso não acontecerá.

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